quinta-feira, 29 de abril de 2010

Planta da Semana

Cistus ladanifer L.

Família: Cistaceae.
Nome Vernacular: Estevas.
Corologia: Espontâneo em Portugal.
Parte utilizada: Caule, folhas, flores, fruto e inflorescências.
Tipo Fisionómico: Nanofanerófito.
ValorSocial:Baixo.

Os frutos eram misturados com água morna que servia para enxaguar rendas e outros lavores, em seguida engomados com um ferro quente. Após esta operação, os objectos ficam com uma forma rígida. Os ramos e as folhas secas eram utilizados como combustível nas lareiras e nos fornos para cozer o pão. As folhas das estevas eram utilizadas como tabaco contra as dores de dentes e para colocar nos pulsos abertos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Planta da semana

Triticum aestivum L.
Triticum turgidum L. subsp. durum (Desf.) Husn.

Família: Poaceae.
Nome Vernacular: Trigo-mole (imagem 2), Trigo-duro (imagem1).
Corologia: Originário do Sudoeste da Ásia, cultivado em Portugal.
Parte utilizada: Caule, epicarpo, fruto.
Tipo Fisionómico: Terófito.
Valor Social: Muito Alto.

A farinha de trigo é um ingrediente do pão e dos bolos tradicionais. Os caules utilizavam-se para alimentar os animais e fazer as respectivas camas; também se usavam para encher os colchões. O farelo de trigo utilizava-se na alimentação de suínos e aves e os frutos do trigo serviam como engodo nas ratoeiras e nas armadilhas para captura de aves. Os caules das espigas de trigo eram entrançados para fazer objectos decorativos. O trigo é uma das plantas utilizadas na manufactura do ramos do Dia de Espiga (Quinta-Feira da Ascensão) e simboliza o pão. Nos meses de Novembro e Dezembro, germinam-se sementes de trigo para utilizar no presépio.


Fig. 1: Triticum turgidum L.
Fig. 2: Triticum aestivum L.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Concurso de fotografia: "Biodiversidade: um olhar através da lente"

Vai realizar-se um concurso de fotografia patrocinado pela Escola Superior Agrária de Beja e pelo Instituto Politécnico de Beja, organizado pela comissão Técnico-Científica e Pedagógica de Biologia e com apoio da Associação de Estudantes da ESA.
Este concurso é gratuito e aberto à comunidade estudantil do IPB, e ás escolas secundárias e profissionais do Distrito de Beja.
O tema das fotografias será, como o nome indica, a Biodiversidade.




View more documents from Biologia.


Aqui têm o link para puderem fazer download do regulamento do concurso.
http://10.80.100.12/Concurso%20de%20Fotografia/cartaz_concurso_fotografia.pdf

Estamos a contar com as vossas fotos!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conservar a Biodiversidade - Um desafio comum

No dia 5 de Maio, vai realizar-se um Seminário no auditório da Escola Superior Agrária de Beja, subordinado ao tema Conservar a Biodiversidade, um desafio comum a todos nós.


As incrições são gratuitas e podem ser feitas por email para biologia_ipb@hotmail.com .


Este vai ser o programa:
(Sofreu pequenas alterações ao colocado de manhã, pedimos desculpo e cumprimentos a todos os que os nossos leitores)





Link para o cartaz em PDF na pagina da ESAB:
http://10.80.100.12/Concurso%20de%20Fotografia/cartaz_seminario.pdf

quinta-feira, 15 de abril de 2010

CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE MATERIAL

O RIAS iniciou uma campanha de angariação de materiais que tem como objectivos dar continuidade à remodelação e manutenção das instalações e aumentar a qualidade e diversidade de equipamentos disponíveis no centro. Deste modo, será possível melhorar o trabalho desenvolvido no RIAS e dar início a novos projectos de elevada importância para a recuperação e conservação de fauna selvagem em Portugal.

Ao participar nesta campanha, receberá um certificado de colaboração com o RIAS. O seu contacto será inserido na lista de divulgação do RIAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que poderá participar, tornando-se, desta forma, um membro activo na dinamização da recuperação de animais selvagens em Portugal.

Esta campanha complementa a campanha de apadrinhamento de animais selvagens em recuperação já desenvolvida. Visa também ser uma forma de divulgação e aproximação da população em geral ao trabalho desenvolvido pelos centros de recuperação de fauna selvagem.

CAMPANHA DE APADRINHAMENTOS

O RIAS encontra-se a desenvolver uma campanha que permite o apadrinhamento de um animal selvagem que se encontre em recuperação no centro.

Ao apadrinhar um animal terá a possibilidade de assistir à sua devolução à Natureza (se tal for possível no final do processo de recuperação) e receberá um certificado de apadrinhamento. Poderá também solicitar informações e fotos do animal apadrinhado. O seu contacto será inserido na lista de divulgação do RIAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que poderá participar, tornando-se, desta forma, um membro activo na dinamização da recuperação de animais selvagens em Portugal.


sábado, 10 de abril de 2010

Ameaça no Guadiana

Este é um artigo cientifico produzido pelo biólogo Carlos Carrapato, que reproduzimos no jornal, mas que damos agora a conhecer na integra.



Mais uma nova espécie exótica predadora no baixo Guadiana foi capturado pela primeira vez, dia 07 de Fevereiro de 2010, 2 indivíduos da espécie Lúcioperca (Sander lucioperca), no Rio Guadiana, na zona de Mértola no interior do Parque Natural do Vale do Guadiana.
Segundo Filipe Ribeiro, investigador do Museu Nacional de História Natural e perito em espécies exóticas em Portugal, a Lúcioperca é uma espécie da Europa Central que foi inicialmente introduzida na Catalunha (Espanha) na década de 70. Durante os últimos 30 anos, esta espécie exótica esteve restringida a esta região Espanhola, porém nos últimos 10 anos surgiu em Portugal e rapidamente foi introduzida ilegalmente em diferentes bacias hidrográficas por pescadores desportivos. Esta espécie foi detectada no rio Ave em 1998 e em 1999 no rio Douro. Em 2005 surgiu em duas bacias hidrográficas mais a sul, no troço principal do Tejo e no rio Guadiana (Barragem do Lucefécite – Concelho do Alandroal). Em 2008, dois investigadores da Universidade da Extremadura capturaram o Lúcioperca na Barragem do Alqueva por isso era expectável a sua expansão para o Baixo Guadiana ao longo do troço principal.
Infelizmente esta provável dispersão para o Baixo Guadiana passou a ser um facto...
Infelizmente porquê?
Porque razão nos deve preocupar as espécies exóticas?
De acordo com dados preliminares de investigadores da Universidade da Extremadura, a dieta do Lúcioperca é constituída quase exclusivamente por peixes e certamente levará a alterações nas abundâncias dos peixes do Baixo Guadiana e terá impactos económicos nos recursos pesqueiros. O Lúcioperca pode atingir tamanhos semelhantes às espécies de Barbos do Guadiana (60 cm), havendo um potencial de se tornar um recurso de pesca.
Porém, a sua introdução levará a mudanças nas abundâncias das espécies comercialmente importantes no Baixo Guadiana, como a Lampreia-marinha, o Sável, a Savelha, os Barbos e a Achigã. Para além disso, a introdução de espécie exóticas predadoras, como o Lúcioperca, poderá aumentar a pressão sobre as espécies de peixes únicas e endémicas(com localização exclusiva) do Rio Guadiana, como o saramugo ou o barbo e boga do Guadiana.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Planta da Semana

Os alunos do Curso de Biologia apresentam semanalmente uma ficha com informação relativa à caracterização de uma planta que, de algum modo, tem interesse para a Região do Baixo Alentejo.
Esta semana a espécie escolhida é Cynara cardunculus L. (Cardo-do-Coalho).
Deixa a tua sugestão: Qual a planta que gostarias de ver no nosso blog?


Cynara cardunculus L.

Família: Asteraceae.
Nome Vernacular: Cardo-do-Coalho.
Corologia: Espontâneo de Portugal.
Parte utilizada: Flores.
Tipo Fisionómico: Hemicriptófito subarrosetado.
Valor Social: Muito alto.

As flores do cardo secam-se ao abrigo da luz solar e guardam-se para posterior uso. O coalho é uma solução rica em enzimas que é adicionada ao leite cru; todas as rouparias (queijarias) da região de Beja utilizam o cardo para coalhar o leite. Estes queijos são de grande importância económica para a região, vendidos no comércio tradicional e nas grandes superfícies.