quarta-feira, 10 de março de 2010

Vida de Lacrau

No Domingo fui dar uma volta até ao Guadiana, queria tirar umas fotos e lançar a cana de pesca com minhoca para isco, (apanhada pelo caminho, nas bermas da estrada que me conduzira até ao rio), para apanhar um Peixe-Gato ou outro predador qualquer que mordesse o anzol. Enquanto esperava, fui levantando umas pedras à procura de objectos fotográficos para posarem para a minha objectiva, tal foi a minha surpresa ao levantar uma pedra, pouco maior que um pacote de leite, um Lacrau alojado numa depressão da terra, entre a terra e a pedra, onde se abrigava do frio e da chuva alternada que se fazia sentir, nunca tinha visto um na minha vida, quer dizer, já tinha visto... na televisão.
Pus-me ao trabalho, peguei na maquina, e retirei o pequeno Lacrau do seu abrigo (sempre com o máximo cuidado, segurança acima de tudo), cuidadosamente coloquei-o na base da pedra, que agora estava virada para cima, e comecei a disparar. Mais tarde encontrei mais quatro Lacraus, dois deles, eram do mesmo tamanho do primeiro fotografado, os outros dois eram pequenos, mesmo pequenos, a moeda de um cêntimo ao pé dele, parecia um pneu traseiro de tractor, esmagado ao pé de um Humano. Todos eles, foram deixados nos locais encontrados, sem nenhum dano causado. O primeiro fotografado, ainda teve direito a almoço, um grilo que lutou até as suas forças se esgotarem pelo veneno que circulara no seu corpo. Belo almoço!!

Buthus occitanus (Lacrau)

Miguel Gonçalves Capela
07/03/2010

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